Friday, December 3, 2010

Manicure em casa

Estava aqui aborrecida e como ia pintar as unhas lembrei-me de fazer um post com dicas sobre como fazer a manicure em casa. Isto é um tipo de post que ficaria melhor em vídeo, para me verem a fazer as coisas em vez de indicar como se faz. Mas como não tenho um tripé, nem estou muito à vontade com vídeos, vai em texto mesmo. 
Só fui a duas manicures na minha vida. A primeira vez foi num salão pequenino na Alameda que estava com uma promoção de manicures por 4€. Nunca tinha feito as unhas na vida e decidi experimentar uma coisa batida mas que sabia que teria dificuldades de fazer em casa: uma francesinha. A coisa ficou horrível. A senhora que lá trabalhava (que não parecia estar a fazer aquilo pela primeira vez) deixou a parte branca super torta. Não conseguiu fazer um traço minimamente direito e deixou as unhas como estavam. Também não passou nada além dos vernizes transparente e branco. Tirou-me as cutículas, limou e pintou as minhas unhas e pôs-me a andar. No final ainda fiquei à espera que ela me dissesse algo, mas agiu como se estivesse tudo normal e eu fiquei com vergonha de reclamar. O segundo salão fica em Arroios e cobrava certa de 7€ pelo serviço. As funcionárias estavam sempre a mudar mas ao menos todas sabiam fazer unhas. Eram muito simpáticas mas além de terem o corte de cutículas como algo praticamente obrigatório, tinham o salão sempre cheio de amigas (costumavam ser mais as amigas que ali estavam a fazer conversa que clientes) e sentia-me pouco à vontade num espaço com tanta gente que se conhece a conversar e a rir sobre tudo e mais alguma coisa. Ainda tentava meter-me na conversa mas não dava, ambiente de salão não é a minha onda.
Ao final de algum tempo decidi deixar de lá ir e fazer as minhas unhas em casa. Tive de comprar vernizes e material para a manicure, mas ao fim de algum tempo acabo por poupar dinheiro. É claro que não ficava nada parecido com as unhas feitas num salão, mas ao fim de algum tempo comecei a melhorar, e embora ainda não as faça perfeitamente, estou satisfeita com o meu trabalho.

O primeiro passo é remover o verniz, usando algodão e um removedor. É importante retirar muito bem o verniz que fica nos cantinhos, na parte de baixo da unha e na pele. Ainda estou a usar este da Sephora, que é muito suave. Opto por um removedor de verniz sem acetona para não ressecar.
Amolecedor de cutículas Risqué


Depois disso, e ainda antes de limar as unhas, passo um amolecedor de cutículas. O que estou a usar de momento é o da Risqué, da linha de tratamento com cheiro a orquídea. Não é muito forte e tem um cheiro delicioso. Tem uma textura cremosa e deixo-o por uns minutos, enquanto me delicio com o cheirinho. O que eu faço é empurrar as cutículas com um pau de laranjeira para esse efeito. Comprei-as juntamente com os pauzinhos para limpar o verniz dos cantos na loja Carlos Santos. Só conheço a do Saldanha, naquele centro comercial à saída do metro. Empurro as cutículas ligeiramente e já está. Há quem poupe tempo e dinheiro e faça isto no banho, quando a água as deixou moles, mas eu já me sinto culpada por tomar banhos muito longos, por isso quando estou no chuveiro ponho de lado todos os cuidados extra-banho, excepto a exfoliação.
Fotografia de um momento antes do verniz tirada depois, *a-hem*
Depois disso, dou forma à unha, lixando-a. Uso uma lixa para lhe dar o formato quadrado. Prefiro este não só porque é mais fácil do que o redondo, mas também porque me parece ser o mais prático e bonito. Uso ainda uma daquelas lixazinhas de quatro lados. Uso-a de quinze em quinze dias e esta já está boa para a reforma. Comprei-a numa das bancas do Centro comercial Colombo. Veio num pack de manicure, que trazia esta lixa, uma lixa comum, um óleo amolecedor e um creme para as mãos. Nuns sítios vem indicada a marca Jandaia, noutros T.A.F.A. e nenhuma dessas marcas aparece online, por isso cheira-me a esturro. De qualquer modo, a banca continua por lá, com uma série de produtos. A vendedora foi tão chata que me fez acabar por comprar o kit, que era bastante caro, mas fez com que a partir daí desse logo um "xô" a todos os vendedores que me abordam fora de lojas. A lixa tem três passos, remove a parte morta e dá um brilho fantástico. Uso-a porque algumas unhas têm ligeiras estrias, e admito que a parte final de polir até dar brilho é um pouco desnecessária para quem usa sempre verniz. Há imensas lixas iguais nas lojas da especialidade, por isso é fácil encontrar uma.
Bases Casco de cavalo e Risqué
Tenho estas duas bases cá em casa e onde as compro custam o mesmo (2,70€). Gosto muito das duas, mas prefiro a Casco de Cavalo pois é endurecedora e vem com 10 ml (a da Risqué vem com 8ml). O uso de uma base é indispensável, sobretudo quando usamos um verniz escuro, para evitar que este manche as unhas. Acabei por usar o da Risqué pois está a acabar. A seguir, o verniz!

Uma camada de verniz e pau de laranjeira
Eu começo a usar o pau de laranjeira para separar o verniz que está na unha daquele que está na pele desde a primeira camada. Assim, não deixo que se forme uma pequena película que, ao ser desfeita, pode borrar o que está na unha. Repito este processo a cada camada de verniz. Com o mesmo pauzinho, enrolo um pedaço generoso de algodão numa das pontas, molho-a em removedor e passo-a à volta do dedo para retirar todo o verniz que está na pele. Quanto mais pequena e próxima da unha for a mancha, mais pequena é a dose de algodão. Assim corro menos riscos de deixar o pau de laranjeira escorregar na unha. Quando o pedaço de algodão estiver coberto com a cor do verniz, tiro-o e ponho outro.

Secantes Andreia e Risqué
Se há coisa que eu não deixo faltar é um óleo secante porque assim que acabo de pintar as unhas esqueço-me delas e acabo sempre por borrar a pintura (literalmente). Estes secantes são muito bons. O da Andreia é ligeiramente mais caro que o da Risqué, o primeiro custa 3€ nas lojas Carlos Santos e o segundo 2,70€ na banca que vende vernizes no Centro comercial Colombo; o Andreia acaba por compensar muito mais pois tem quase o dobro do produto.
Quanto ao extra brilho, nem sempre o uso pois certos vernizes têm um brilho fantástico por si só. Existe a ideia de que devemos deixar a unha sem verniz durante algum tempo, para ela respirar. Não sei se esta ideia é mito ou se está provada, mas eu nunca ando sem verniz.

Estimulante Sephora e amolecedor Jandaia
Durante a semana costumo ter alguns cuidados, mas confesso que não sou muito disciplinada. Estes dois produtos que passo, o estimulante da Sephora e o amolecedor da Jandaia foram comprados em promoções dos saldos ou vieram em kits. Ambos são hidratantes e devo passá-los uma ou duas vezes por semana.


Para além disso, uso apenas o creme para as mãos, que passo cerca de duas vezes por dia. Aquele que estou a usar agora, e que acho fantástico, é o creme de cânhamo da Body Shop. Ó plantinha fantástica! Das  plantas da canábis tira-se aquilo que se fuma, mas também se tira o cânhamo (vindo de plantas com um nível de THC muito menor) que serve para tudo. No século XIV e seguintes era usado para os cabos e velas dos barcos dos navegadores portugueses. Pode ser também usado no fabrico de cordas e de papel, na indústria têxtil (é cinco vezes mais resistente que o algodão), na indústria mecânica (vernizes, lubrificantes, combustíveis, tintas, etc.) e na alimentação (margarina, óleo, temperos, cereais, etc). Um hectare de cânhamo produz o mesmo que quatro hectares de eucalipto num período de vinte anos! O óleo, extraído da semente, é usado na indústria da cosmética, em cremes fantásticos como este, em champôs, etc. Onde é que eu ia? Ah, sim, este creme pode não ter o odor mais agradável do mundo mas é perfeito para peles secas. É absorvido rapidamente e deixa a pele super macia e hidratada. Acho que já usei quase toda a linha de cânhamo da Body Shop! Aproveitem que agora para o Natal vai estar à venda um pack com o creme para mãos, o creme para pés e a manteiga corporal por 15€.

6 comments:

  1. Muito útil este post! parabéns.
    Bjitos :)***

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  2. Amei! Estou há meses para começar a fazer as unhas em casa mas acabo sempre por ir a um salao. As tuas dicas esclareceram-me imenso.

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  3. Nada como praticar regularmente, com o tempo começas a melhorar.

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  4. Boa tarde! Hoje uma vendedora apanhou-me por perto e convenceu-me a comprar dois kits de manicure (iguaizinhos ao que a senhora fala no seu texto) dizendo que o preço normal de cada um era 80 euros, mas que hoje havia uma promoção:
    se eu comprasse 2 kits o preço total seria 120 euros e ela oferecia o terceiro kit.
    Eu disse-he que adoraria comprar mas o preço era muito caro. Quando eu afastei-me, ela chamou-me outra vez e pediu-me que guardasse um segredo. Então ela disse-me qualquer coisa do género: "Olhe eu como gostei de falar consigo vou-lhe fazer o favor de lhe cobrar só 60 euros por 2 kits!" e eu aceitei.
    Quando cheguei a casa fui abrir os dois kits e por baixo, na caixa, estava um autocolante com o preço:30 euros.
    Resumindo e concluindo, estavam a tentar enganar-me para eu pagar mais do que devia. Cada kit era 30 euros.

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  5. Que horror! Esse tipo de postura de vendas parece-me tão mau que eu só o associo a feiras, onde há menos regulação e onde os vendedores são, geralmente, os próprios patrões e por isso ninguém os controla. Eu já tinha ficado atrás ao perceber que a marca não se encontra na net e que cada produto do kit tem um nome diferente, ao ler isso agora... O que será que acontecia se tivesses pago o preço inicial? Era "lucro" para a empresa ou era "lucro" para ela?

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  6. This comment has been removed by the author.

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